domingo, 7 de outubro de 2012

Copa do Ar "Orbs" EP (2012) & "We Had Enough" EP

Como o projeto é meu, não vou resenhar o disco, mas vou passar uma breve descrição, seguida da palavra de alguns blogueiros.
Copa do Ar é um projeto de música ambient/experimental da cidade de Arapiraca (Alagoas – Brasil), criado por Jonathan Garcia (Mogi das Cruzes – SP, 9 de outubro de 1993). Começou a compor no primeiro semestre de 2010 e lançou o EP “We Had Enough” no dia do próprio aniversário. Mais tarde, em novembro de 2011, o EP ganhou versão física pela netlabel rússa Winter Sea. 
Em 2 de outubro de 2012, o EP “Orbs” foi lançado, todas as faixas criadas por Jonathan, contando com a artwork da capa de Anny Garcia.

"A ambient music do paulista radicado em Alagoas abraça o ouvinte com agradável precisão, ao som reconhecíveis da natureza, como vento e trovões, e instrumental delicado." (Floga-se)


" [...] é construído sobre as bases da ambient music, com poucas batidas e referências que vão dos sons da natureza à ficção científica, tudo costurado com muita precisão, emulando ora o mestre Eno, outras (“Troca-letras”, nitidamente) as pirações do Radiohead circa Kid A e beirando o industrial sombrio em “Into the water”." (Pequenos Clássicos Perdidos)

"Agora com "Orbs" Jonathan Garcia explora o mínimo das nuances musicais desconstruindo tudo, economizando até barulho. Minimalismo puro. Ouvindo "Orbs" remeti ao trabalho experimental de Robert Hampson e Scott Dowson do Loop chamado MAIN." (Mofonovo)

ORBS
October 2nd, 2012

tracklist:
Lunar Dada 2:16
Troca-Letras 3:30
Above the Hazy Lands 0:34
Into the Water 3:31
Meganeura's City Flight 4:54
'twas... We're Sure! 1:01
Shrinking Space 3:09


We Had Enough
October 9th, 2010

tracklist:
We had Enough 3:45
Weeping Afternoon 3:15
Little 1:37
Seja 3:18
Days are Dragged 2:10
Movie about Trees 1:01
Blue Gate 1:57
She Gazes Two Seagulls Deeply 1:39
Insira suas Fichas [Bonus track] 2:38

domingo, 16 de setembro de 2012

Crooneres Decadentes "Istmos EP" (2012)


Usando o pseudônimo de Crooneres Decadentes para apresentar suas músicas cantadas em português desde 2009, Raoni Santos tem criado músicas guiadas por seu vocal grave e guitarra indie capturados numa concepção lo-fi. Mas este novo EP, Istmos, além de ter ganhos significativos na qualidade de som, se caracteriza pela adição de loops de bateria em todas músicas e elementos eletrônicos experimentais, mais aprofundados no seu projeto instrumental que leva seu próprio nome.
Istmos (que são pedaços de terra que ligam penínsulas a continentes) tem um clima leve, bem chill out, mas ainda assim melancólico. Diálogo Privado tem influências declaradas de trip-hop, com uma distorção/barulho meio Portishead entrando na música muito bem vinda. Quebrando o Gelo é um pop dançante meio psicodélico, cuja introdução parece evocar alguma canção do Neon Indian, é também a que conta com maior fluidez dos vocais.
Nos momentos instrumentais das músicas, cabem colagens e manipulação de ruídos, além de inflexões no timbre dos teclados, notas sustentadas, cores que são familiares às viagens do Air. Ao final do EP, chega-se à conclusão de que dispondo de mais instrumentos (virtuais; VSTi's) e recursos que nos trabalhos anteriores, ele consegue colorir suas músicas do sentimento que ele pretende passar.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Old Magic Pallas "Pull My Daisy" (1994)

Old Magic Pallas é uma das grandes bandas da cena underground brasileira, shoegazer e dream pop dos anos 90. Pelo que li em alguns blogs e escutei de outros apreciadores de música, soube que Jane era como um hino para a turma que curtia um MBV ou um Slowdive. Lançou o EP Pull My Daisy (94) e integrou um CD split com Moonrise e Speed Whale (95). Em 98 já tinha algumas faixas demos do 1º álbum gravadas (elas estão no myspace da banda), mas no mesmo ano, encerrou suas atividades. Passaram-se dez anos, quando surgiram gravações de ensaio junto à notícia da retomada. Atualmente a banda mantem contato através de uma página no facebook, mas não deixa muito claros a situação do antigo álbum inacabado, o novo rumo e nem o processo de criação de novo material.

tracklist:
Stargazer
Jane
Daydreaming
Raindrops
Twiggy
Daydreaming (Aural Exciter Mix)


*Agradecimento ao blog Amor Louco. Acho que baixei e conheci a banda por lá.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Team.Radio "Self-titled EP" (não-oficial, 2009)

Um pouco depois do lançamento de Summertime, fui informado do trabalho da banda num álbum de inéditas. Então veio o single/clipe "Stormy Melodies", que apresentou um novo guitarrista. E só agora, no finalzinho de agosto, pude conhecer as novas músicas (ou parte delas) no Sexta & Sentado (Teatro Arena, Maceió-AL). Fantásticas por sinal.
Mas como a data de lançamento nem ao menos foi divulgada, vamos dar uma ouvida no que eu acredito ser o primeiro registro da banda disponível na web, e que mesmo sendo de 2009 vai soar como novidade até para aqueles que já acompanham a banda.
Músicas de um naipe doce, meio ingênuo, mesmo sem contar ainda com os vocais de Marina.
Recomendo "Puffy Kid"

tracklist:
I'm good to go
Puffy Kid
Bummed out
Can't You Understand?
Some Song
Careless

Ceticências "Beksinski Hug" (2012)

Se você já conhece os trabalhos de Cadu Tenório (Sobre a Máquina, Santa Rosa's Family Tree, VICTIM!, etc.), já se prepara para ouvir algo intrigante e de difícil digestão. Mas neste EP, Beksinski Hug, lançado em 7 de setembro, me deparei com uma situação diferente. Senti, de alguma forma, algo familiar entre todo o barulho e experimentalismo. É tranquilizante, no entanto pode servir de trilha para filmes perturbadores. Da metade de Broken Soul até o fim do EP, ouvi coisas de Cranes e de sua 'sucessora' Grimes dissolvidas ali, tanto no "gaguejo" dos teclados e instrumentos divertidos como nos vocais com pitch alterado (Can you Feel?). Elementos bem dosados, sequência envolvente, ambient com rumo.

Tracklist:
Confusing
Broken Soul
Can you Feel?
Nevoeiro/Vendaval


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Katty Winne "Molly Gun EP" (2012)

Katty também fotografa muito!
Lançado no dia 21 deste mês, Molly Gun me parece ser o real disco de estreia de Winne. Antes dele, em 2010, teve o Super Universe, mas que apesar de músicas muito boas, ficou introspectivo demais comparado aos padrões deste novo, que tem tudo para ser o caminho a seguir. A própria autora descreve sua música como de "menininha" e de amor e mais amor, e depois amor. Mas não é tão por aí.
Digo isso, por conta de sua repercussão positiva. Se fosse música de "menininha" (no modo pejorativo de dizer), não teria inspirado elogios do senhor por trás do Floga-se e não teria ganhado espaço num blog como o Shoegazer Alive, que pelo título dá para se deduzir seu conteúdo. Até agora não ouvi nada de "ah, não gostei". Tem caído no agrado até de pessoas mais entojadas. MG nasceu com um dom fascinante de fisgar o ouvinte com elementos que já deram certo em algum lugar da América do Norte, mas nunca (ou dificilmente) na nossa terrinha. (Cabe aqui abrir uns parênteses pra comentar a semelhança vocal com a americana Juliana Hatfield)
A capa é de Caíque Guimarães (Bad Rec Project) e a cadela é Molly,
a que deu o nome ao EP.
Algo que dá pra notar de cara é a sinceridade dessas canções. Winne é realmente assim. Colore de amor cada detalhe de sua vida (e dos outros também). Em Forever, amor. Em Johnny, amor. Em... peraí não vou repetir isso 5 vezes. Todas as músicas são sobre relacionamento, desde de amizade (My Little Girl In The Sun) até o amor destrutivo e doentio de "Your Girl" (não é pra tanto, rs). Amor ou falta de um amor. O lema é: se tem um coração e está sozinho, vamos tocar uma canção e rir com bobagens (Johnny - que inclusive, mais recentemente, foi dedicada a minha pessoa, de brincadeirinha). We're Falling In Love é um dream pop sobre se re-apaixonar por alguém já te fez sofrer uma vez, e você aí tolo(a) de dar dó quer um revival. E "Forever", minha preferida, é um shoegazão que faz o lance de "menininha" ser contradição. Aliás, guitarra, distorção e esse clima furioso todo não faz jus. Sai dessa, Winne! Menininha não é contigo não. Bem, como ela mesma diz: "Te amo, mas não é para sempre". Com essa frase, encerro o post.

domingo, 1 de abril de 2012

US[THEM] Celebrating The Work of Pink Floyd (2012, Halcyon Records)


Apenas outra coletânea de homenagem a um artista? Não! 16 artistas/bandas tocando as músicas de Pink Floyd. Isso seria comum, se não fosse pela qualidade e maturidade dos artistas envolvidos.
Recebi um e-mail de Jen Gloeckner (estou na mailing list dela e como estou feliz por isso) que divulgava sua participação na coletânea. Depois de Mouth of Mars, tenho estado muito atento a qualquer notícia de Jen, e, ao ver essa coletânea de graça, com uma música inédita “dela”, baixei sem ouvir nenhuma faixa antes e conhecendo apenas um artista da tracklist.
Minha decepção já era quase certa antes mesmo de escutar (aliás, como coletâneas decepcionam a gente, principalmente as de homenagem). Mas foi um verdadeiro baque quando comecei a ouvir e achar aquilo tudo tão coeso e tanta música boa pra uma coletânea (há algumas surpreendentemente lindas). US[THEM] me abriu o apetite enormemente para as bandas da Halcyon Records e é possível que saiam posts dedicados a algumas em especial por aqui. Mas por enquanto confere as músicas escolhidas e os intérpretes. E claro: não deixe de baixar!
See Emily Play – Izabo
Have A Cigar – Caveat Emptor
Remember A Day – Flying Car Company
Breathe – Jillian Leo
Us And Them – Papermaps
One Of These Days – The_MK:Ultra5
Julia Dream – Jen Gloeckner
The Great Gig In The Sky – Autumn Welsby
Bike – OfeliaDorme
Childhood’s End – The Vliets
Green Is The Colour – Delta Machine
Money – MACHINEFIEND
Arnold Layne – Noblesse Oblige
Astronomy Domine – Amplitusion
Wot’s… Uh The Deal? – She’s A Beauty
Echoes – Brake.Wall.

(só precisa dar o e-mail para ser adicionado na mailing list da gravadora)

Retornando


Após 3 meses sem blogar, tomei um pouco de coragem para registrar e compartilhar mais artistas de que gosto, abrindo maior espaço para os brasileiros, como já acontecia antes.

Este primeiro post vai só para reintroduzir o Ambexplosão, mas, para não ser totalmente inútil, faço um link aqui para o blog que utilizo para compartilhar informações do meu projeto musical Copa do Ar. {Copa do Ar: o que já tá na agulha e o que vem depois...}
Não demoro a postar novamente.
Até breve!